Ética das virtudes
MacIntyre é uma figura
central no recente interesse acerca da ética das virtudes, a qual identifica a
questão central da moralidade como tendo que lhe dar com os hábitos e o
conhecimento da melhor maneira de viver e ter uma vida boa. Sua abordagem busca
demonstrar que o bom juízo advém de uma noção do que é bom proveniente do
agente moral. Ser uma boa pessoa não é só seguir regras formais de uma razão
atribuidora de juízos morais. Ao elaborar esse problema, MacIntyre entende ser
preciso retrabalhar a ideia Aristótelica de uma ética teleológica.
MacIntyre enfatiza a
importância dos bens morais definidos em relação a uma comunidade engajada em
uma "prática" - que ele chama de "bens internos" ou
"bens de excelência" - ao invés de focar na prática independente
obrigação de um agente moral (ética deontológica) ou o consequencialismo de um
determinado ato pela ética utilitarista. A ética das virtudes no mundo
acadêmico europeu / norte-americano (filosofia continental) é associada com os
filósofos pré-modernos (por exemplo, Platão, Aristóteles, Tomás de Aquino), mas
também totalmente envolvido com outras formas de sistemas modernos de ética
(por exemplo, a deontologia kantiana). MacIntyre argumenta que a síntese de
Tómas de Aquino do agostinismo com o aristotelismo é mais perspicaz do que as
modernas teorias morais, centrando-se sobre o telos ('fim', ou execução) de uma
prática social e de uma vida humana, no contexto das quais a moralidade dos
atos podem ser avaliados. Seu trabalho seminal na área da ética das virtudes
podem ser encontradas em seu livro de 1981, After Virtude.
MacIntyre é sensato em defender que não é a partir de interpretações de proposições que iremos agir moralmente e sim, tendo uma prática como norte para a efetivação da moralidade.
ResponderExcluirMacIntyre fala que a moral contemporânea se caracteriza por um pluralismo superficial e aponta o emotivismo como base dessa moralidade fragmentada e também de toda a perspectiva histórica da moral no século XX.
ResponderExcluirPara o autor, "os juízos morais não são nada mais que expressões de preferências, expressões de atitudes ou sentimentos, na medida em que estes possuem um caráter moral ou valorativo." Logo, os juízos morais não são verdadeiros nem falsos e a moral passa a não ter nenhum conteúdo racional.