quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Aqui em baixo o link do artigo MacIntyre e ática das virtudes do professor, Luiz Bernardo Leite Araujo.

Doutor em Filosofia pela UniversitÈ Catholique de Louvain (BÈlgica), Professor Adjunto do Departamento de
Filosofia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Pesquisador do CNPq.



http://www.pgfil.uerj.br/pdf/publicacoes/araujo/MacIntyre.pdf



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ética das virtudes



Ética das virtudes

MacIntyre é uma figura central no recente interesse acerca da ética das virtudes, a qual identifica a questão central da moralidade como tendo que lhe dar com os hábitos e o conhecimento da melhor maneira de viver e ter uma vida boa. Sua abordagem busca demonstrar que o bom juízo advém de uma noção do que é bom proveniente do agente moral. Ser uma boa pessoa não é só seguir regras formais de uma razão atribuidora de juízos morais. Ao elaborar esse problema, MacIntyre entende ser preciso retrabalhar a ideia Aristótelica de uma ética teleológica.
MacIntyre enfatiza a importância dos bens morais definidos em relação a uma comunidade engajada em uma "prática" - que ele chama de "bens internos" ou "bens de excelência" - ao invés de focar na prática independente obrigação de um agente moral (ética deontológica) ou o consequencialismo de um determinado ato pela ética utilitarista. A ética das virtudes no mundo acadêmico europeu / norte-americano (filosofia continental) é associada com os filósofos pré-modernos (por exemplo, Platão, Aristóteles, Tomás de Aquino), mas também totalmente envolvido com outras formas de sistemas modernos de ética (por exemplo, a deontologia kantiana). MacIntyre argumenta que a síntese de Tómas de Aquino do agostinismo com o aristotelismo é mais perspicaz do que as modernas teorias morais, centrando-se sobre o telos ('fim', ou execução) de uma prática social e de uma vida humana, no contexto das quais a moralidade dos atos podem ser avaliados. Seu trabalho seminal na área da ética das virtudes podem ser encontradas em seu livro de 1981, After Virtude.

Biografia e a Abordagem filosófica





Biografia

Alasdair Chalmers MacIntyre nasceu em 12 de Janeiro de 1929 em Glasgow, é filho de John e Emily (Chalmers) MacIntyre. Estudou na Universidade de Londres, e foi mestre de artes na Universidade de Manchester e na Universidade de Oxford. Começou sua carreira docente em 1951 na Universidade de Manchester, lecionando para a Universidade de Leeds, Universidade de Essex e Universidade de Londres no Reino Unido, por volta de 1969 ele mudou-se para os Estados Unidos, onde lecionou em diversas universidades, e por isso foi  considerado uma espécie de intelectual nômade.

Abordagem Filosófica
A abordagem de Macintyre sobre a filosofia moral contêm uma série de características complexas das sociedades contemporâneas. No entanto seu projeto é largamente influenciado pela caracterização em tentar reviver a concepção moral Aristotélica sustentada pela ética das virtudes, descrevendo a sua própria tentativa como uma abordagem peculiarmente moderna. Esta "compressão peculiar contemporânea", em grande parte, diz respeito a abordagem de MacIntyre acerca dos problemas e disputas morais. Ao contrário de alguns filósofos analíticos que tentaram generalizar o consenso moral na base de uma ideia de racionalidade, MacIntyre apresenta uma descrição histórica da evolução da ética, a fim de iluminar o problema moderno das "incomensuráveis" noções morais , ou seja, os argumentos morais que procedem de premissas incompatíveis. Na sequência de Hegel e Collingwood, ele oferece uma "história da filosofia" (que ele distingue de ambas as abordagens analíticas e fenomenológicas da filosofia), na qual ele admite desde o início que "não existem normas neutras disponíveis pelo apelo a qualquer agente racional que seja possível determinar a validade das conclusões morais.
Aliás, um dos principais pontos de MacIntyre em sua mais famosa obra, After Virtue, é que a tentativa falhou por diversas vezes, começando pelos pensadores iluministas para fornecer uma generalização do ponto de vista universal de uma racionalidade moral, que acabou levando a uma rejeição da racionalidade como fundamentação moral para pensadores posteriores, como Charles Stevenson, Jean-Paul Sartre e Friedrich Nietzsche. MacIntyre salienta que é especialmente por conta do total repúdio de uma fundamentação racional da moral por parte de filósofos tais como Nietzsche, que o resultado da busca equivocada do Iluminismo para um argumento definitivo que iria resolver disputas morais em vistas de uma razão calculadora autônoma e sem uso de teleologia, se demonstra falha nos tempos modernos.
Em contrapartida, MacIntyre está preocupado com a recuperação de varias formas de racionalidades morais e argumenta que não alega nem uma finalidade última nem uma certeza incorrigível (o projeto equivocado do iluminismo), e no entanto, não aceita uma posição relativística ou emotivista de negação de uma moralidade racional, através de preceitos psicológicos e de ordem sentimental subjetiva (que de acordo com ele, os pensadores não iluministas tais como Nietzsche, Sartre e Stevenson não compreenderam). Ao fazer essa crítica a historia da filosofia moral, ele retorna à tradição da ética aristotélica com a sua definição teleológica das ações morais, e sua finalidade prática nas pessoas influenciado pela variabilidade das circunstâncias, que foi inicialmente rejeitado pelo Iluminismo e que a partir de Aristóteles atingiu uma articulação mais ampla no escritos medievais de Tomás de Aquino. Esta tradição aristotélico-tomista, ele propõe, apresenta "a melhor teoria até agora", tanto de como as coisas são e como devemos agir. Em termos mais gerais, de acordo com MacIntyre é o caso que as disputas morais sempre acontecem dentro e entre as tradições de pensamento rivais que se recorrem a uma variabilidade de idéias, pressupostos e tipos de argumentação e entendimentos comuns, além de abordagens que foram herdadas do passado. Assim, mesmo que não haja nenhuma maneira definitiva para uma tradição na filosofia moral de vencer e afastar a possibilidade da outra, no entanto, visões opostas podem dialogarem uns aos outros por vários meios, incluindo questões de coerência interna, reconstrução imaginativa de dilemas a crise epistêmica e sua fecundidade.

Descrição
Estudante Márcia Denise do 4º período de Licenciatura plena em Filosofia da Universidade Federal do Piauí – UFPI e neste espaço escrevo sobre a vida e obra do filósofo, Alasdair Chalmers MacIntyre é um filósofo Britânico que ficou conhecido por suas contribuições para a moral e pela filosofia política, ele também   trouxe contribuições no campo da história da filosofia e teologia. Ele é pesquisador Senior do Centro de Estudos Contemporâneo Aristôtelicos em ética e politca (CASEP) na Universidade Metropolitana de Londres, e Professor Emerito da Universade de Notre Dame.