terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Biografia e a Abordagem filosófica





Biografia

Alasdair Chalmers MacIntyre nasceu em 12 de Janeiro de 1929 em Glasgow, é filho de John e Emily (Chalmers) MacIntyre. Estudou na Universidade de Londres, e foi mestre de artes na Universidade de Manchester e na Universidade de Oxford. Começou sua carreira docente em 1951 na Universidade de Manchester, lecionando para a Universidade de Leeds, Universidade de Essex e Universidade de Londres no Reino Unido, por volta de 1969 ele mudou-se para os Estados Unidos, onde lecionou em diversas universidades, e por isso foi  considerado uma espécie de intelectual nômade.

Abordagem Filosófica
A abordagem de Macintyre sobre a filosofia moral contêm uma série de características complexas das sociedades contemporâneas. No entanto seu projeto é largamente influenciado pela caracterização em tentar reviver a concepção moral Aristotélica sustentada pela ética das virtudes, descrevendo a sua própria tentativa como uma abordagem peculiarmente moderna. Esta "compressão peculiar contemporânea", em grande parte, diz respeito a abordagem de MacIntyre acerca dos problemas e disputas morais. Ao contrário de alguns filósofos analíticos que tentaram generalizar o consenso moral na base de uma ideia de racionalidade, MacIntyre apresenta uma descrição histórica da evolução da ética, a fim de iluminar o problema moderno das "incomensuráveis" noções morais , ou seja, os argumentos morais que procedem de premissas incompatíveis. Na sequência de Hegel e Collingwood, ele oferece uma "história da filosofia" (que ele distingue de ambas as abordagens analíticas e fenomenológicas da filosofia), na qual ele admite desde o início que "não existem normas neutras disponíveis pelo apelo a qualquer agente racional que seja possível determinar a validade das conclusões morais.
Aliás, um dos principais pontos de MacIntyre em sua mais famosa obra, After Virtue, é que a tentativa falhou por diversas vezes, começando pelos pensadores iluministas para fornecer uma generalização do ponto de vista universal de uma racionalidade moral, que acabou levando a uma rejeição da racionalidade como fundamentação moral para pensadores posteriores, como Charles Stevenson, Jean-Paul Sartre e Friedrich Nietzsche. MacIntyre salienta que é especialmente por conta do total repúdio de uma fundamentação racional da moral por parte de filósofos tais como Nietzsche, que o resultado da busca equivocada do Iluminismo para um argumento definitivo que iria resolver disputas morais em vistas de uma razão calculadora autônoma e sem uso de teleologia, se demonstra falha nos tempos modernos.
Em contrapartida, MacIntyre está preocupado com a recuperação de varias formas de racionalidades morais e argumenta que não alega nem uma finalidade última nem uma certeza incorrigível (o projeto equivocado do iluminismo), e no entanto, não aceita uma posição relativística ou emotivista de negação de uma moralidade racional, através de preceitos psicológicos e de ordem sentimental subjetiva (que de acordo com ele, os pensadores não iluministas tais como Nietzsche, Sartre e Stevenson não compreenderam). Ao fazer essa crítica a historia da filosofia moral, ele retorna à tradição da ética aristotélica com a sua definição teleológica das ações morais, e sua finalidade prática nas pessoas influenciado pela variabilidade das circunstâncias, que foi inicialmente rejeitado pelo Iluminismo e que a partir de Aristóteles atingiu uma articulação mais ampla no escritos medievais de Tomás de Aquino. Esta tradição aristotélico-tomista, ele propõe, apresenta "a melhor teoria até agora", tanto de como as coisas são e como devemos agir. Em termos mais gerais, de acordo com MacIntyre é o caso que as disputas morais sempre acontecem dentro e entre as tradições de pensamento rivais que se recorrem a uma variabilidade de idéias, pressupostos e tipos de argumentação e entendimentos comuns, além de abordagens que foram herdadas do passado. Assim, mesmo que não haja nenhuma maneira definitiva para uma tradição na filosofia moral de vencer e afastar a possibilidade da outra, no entanto, visões opostas podem dialogarem uns aos outros por vários meios, incluindo questões de coerência interna, reconstrução imaginativa de dilemas a crise epistêmica e sua fecundidade.

2 comentários:

  1. *** JÔZIANE DE ARAUJO

    achei muito interessante este trecho:

    ....Em contrapartida, MacIntyre está preocupado com a recuperação de varias formas de racionalidades morais e argumenta que não alega nem uma finalidade última nem uma certeza incorrigível (o projeto equivocado do iluminismo), e no entanto, não aceita uma posição relativística ou emotivista de negação de uma moralidade racional, através de preceitos psicológicos e de ordem sentimental subjetiva (que de acordo com ele, os pensadores não iluministas tais como Nietzsche, Sartre e Stevenson não compreenderam). Ao fazer essa crítica a historia da filosofia moral, ele retorna à tradição da ética aristotélica com a sua definição teleológica das ações morais, e sua finalidade prática nas pessoas influenciado pela variabilidade das circunstâncias, que foi inicialmente rejeitado pelo Iluminismo e que a partir de Aristóteles atingiu uma articulação mais ampla no escritos medievais de Tomás de Aquino....

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  2. projeto DE Macintyre é largamente influenciado pela caracterização em tentar reviver a concepção moral Aristotélica sustentada pela ética das virtudes, descrevendo a sua própria tentativa como uma abordagem particularmente moderna moderna.

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