Biografia
Alasdair Chalmers MacIntyre
nasceu em 12 de Janeiro de 1929 em Glasgow, é filho de John e Emily (Chalmers)
MacIntyre. Estudou na Universidade de Londres, e foi mestre de artes na
Universidade de Manchester e na Universidade de Oxford. Começou sua carreira
docente em 1951 na Universidade de Manchester, lecionando para a Universidade
de Leeds, Universidade de Essex e Universidade de Londres no Reino Unido, por
volta de 1969 ele mudou-se para os Estados Unidos, onde lecionou em diversas
universidades, e por isso foi
considerado uma espécie de intelectual nômade.
Abordagem
Filosófica
A abordagem de Macintyre
sobre a filosofia moral contêm uma série de características complexas das
sociedades contemporâneas. No entanto seu projeto é largamente influenciado
pela caracterização em tentar reviver a concepção moral Aristotélica sustentada
pela ética das virtudes, descrevendo a sua própria tentativa como uma abordagem
peculiarmente moderna. Esta "compressão peculiar contemporânea", em
grande parte, diz respeito a abordagem de MacIntyre acerca dos problemas e
disputas morais. Ao contrário de alguns filósofos analíticos que tentaram
generalizar o consenso moral na base de uma ideia de racionalidade, MacIntyre
apresenta uma descrição histórica da evolução da ética, a fim de iluminar o
problema moderno das "incomensuráveis" noções morais , ou seja, os
argumentos morais que procedem de premissas incompatíveis. Na sequência de
Hegel e Collingwood, ele oferece uma "história da filosofia" (que ele
distingue de ambas as abordagens analíticas e fenomenológicas da filosofia), na
qual ele admite desde o início que "não existem normas neutras disponíveis
pelo apelo a qualquer agente racional que seja possível determinar a validade
das conclusões morais.
Aliás, um dos principais
pontos de MacIntyre em sua mais famosa obra, After Virtue, é que a tentativa
falhou por diversas vezes, começando pelos pensadores iluministas para fornecer
uma generalização do ponto de vista universal de uma racionalidade moral, que
acabou levando a uma rejeição da racionalidade como fundamentação moral para
pensadores posteriores, como Charles Stevenson, Jean-Paul Sartre e Friedrich
Nietzsche. MacIntyre salienta que é especialmente por conta do total repúdio de
uma fundamentação racional da moral por parte de filósofos tais como Nietzsche,
que o resultado da busca equivocada do Iluminismo para um argumento definitivo
que iria resolver disputas morais em vistas de uma razão calculadora autônoma e
sem uso de teleologia, se demonstra falha nos tempos modernos.
Em contrapartida, MacIntyre
está preocupado com a recuperação de varias formas de racionalidades morais e
argumenta que não alega nem uma finalidade última nem uma certeza incorrigível
(o projeto equivocado do iluminismo), e no entanto, não aceita uma posição relativística
ou emotivista de negação de uma moralidade racional, através de preceitos
psicológicos e de ordem sentimental subjetiva (que de acordo com ele, os
pensadores não iluministas tais como Nietzsche, Sartre e Stevenson não compreenderam).
Ao fazer essa crítica a historia da filosofia moral, ele retorna à tradição da
ética aristotélica com a sua definição teleológica das ações morais, e sua
finalidade prática nas pessoas influenciado pela variabilidade das
circunstâncias, que foi inicialmente rejeitado pelo Iluminismo e que a partir
de Aristóteles atingiu uma articulação mais ampla no escritos medievais de
Tomás de Aquino. Esta tradição aristotélico-tomista, ele propõe, apresenta
"a melhor teoria até agora", tanto de como as coisas são e como
devemos agir. Em termos mais gerais, de acordo com MacIntyre é o caso que as
disputas morais sempre acontecem dentro e entre as tradições de pensamento
rivais que se recorrem a uma variabilidade de idéias, pressupostos e tipos de
argumentação e entendimentos comuns, além de abordagens que foram herdadas do
passado. Assim, mesmo que não haja nenhuma maneira definitiva para uma tradição
na filosofia moral de vencer e afastar a possibilidade da outra, no entanto,
visões opostas podem dialogarem uns aos outros por vários meios, incluindo
questões de coerência interna, reconstrução imaginativa de dilemas a crise
epistêmica e sua fecundidade.
*** JÔZIANE DE ARAUJO
ResponderExcluirachei muito interessante este trecho:
....Em contrapartida, MacIntyre está preocupado com a recuperação de varias formas de racionalidades morais e argumenta que não alega nem uma finalidade última nem uma certeza incorrigível (o projeto equivocado do iluminismo), e no entanto, não aceita uma posição relativística ou emotivista de negação de uma moralidade racional, através de preceitos psicológicos e de ordem sentimental subjetiva (que de acordo com ele, os pensadores não iluministas tais como Nietzsche, Sartre e Stevenson não compreenderam). Ao fazer essa crítica a historia da filosofia moral, ele retorna à tradição da ética aristotélica com a sua definição teleológica das ações morais, e sua finalidade prática nas pessoas influenciado pela variabilidade das circunstâncias, que foi inicialmente rejeitado pelo Iluminismo e que a partir de Aristóteles atingiu uma articulação mais ampla no escritos medievais de Tomás de Aquino....
projeto DE Macintyre é largamente influenciado pela caracterização em tentar reviver a concepção moral Aristotélica sustentada pela ética das virtudes, descrevendo a sua própria tentativa como uma abordagem particularmente moderna moderna.
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